22.5.24

Ametista

 Ela acordou em um local estranho, não sabe onde esta, seu corpo envolto a uma gelatina incompreensível, consegue lembrar de como fala, como se movimenta e que já é adulta. Consegue também entender os conceitos de um instinto humano. Ela olha para frente, tem um vidro que reflete o seu futuro. 

Parece que sente estar só, do seu passado não sabe de nada. 

Ela entende que precisa sair daquela cápsula.

Ela tem medo.

Ela entende que precisa apertar um botão.

Ela começa a sentir um formigamento na perna, e entende que esteve ali por um bom tempo.

Como é o cenário que ela vê?

O céu não é azul e sim vermelho. Isto remete medo e a faz ficar insegura. Parece um dizer na frente do vidro. Ejete.

Ejetar? Ela não compreende como conhece aquele linguajar.

Ela só quer fechar os olhos e voltar a dormir.

De repente a cápsula começa a se desmontar numa nanotecnologia, intransponível a sua compreensão. Ela começa sentir que a temperatura é fria. Sim, ela está a expor a sua nudez. Ela entende que os seus pés estão envoltas a uma espécie de alga. E isto é o que a mantém de pé. Ela se sente leve. E o seu corpo começa a sentir um vácuo inexplicável.



O céu da Lilica

Lilica, a cachorrinha mais amada do mundo, lutou bravamente contra a doença que a consumia. Seus olhos, antes cheios de alegria, agora carre...