Ele apareceu. Estava eu sentado a observar o final de tarde, quase noite, o melhor horário. Precisava bater asas e voar, mas quis ficar mais um pouco.
Não tinha nada na minha frente, o frio deixava o local árido, o dia a temperatura foi escaldante. A madrugada seria um frio intenso. O frio do deserto.
De repente, o céu se abre e um vulto branco dele sai. Meus olhos vermelhos vibraram, de medo e de curiosidade.
Eu tentei mexer meus pequenos ossos, voar sair dali. Não consegui. Sentia a vermelhidão do fim da tarde, aquele clarão tinha formato. Dois pés e duas mãos, mas não era humano. O tronco onde eu estava, começou a esquentar.
Ele veio e me olhou. Não consigo precisar, pois era somente um vulto branco. Ele segurou a minha pena. Não consegui fazer nada. Ele puxou retirando uma delas. Meu desespero de corvo assustado não me ajudou. Ele sumiu. Eu voei e nunca mas coloquei-me naquele tronco. O tronco do vulto branco.
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