8.4.21

Viagem no tempo | A mãe de Adolf Hitler

Dês de que conseguimos manipular a matéria escura, foi possível fazer uma passagem temporal até lugares remotos, através das coordenadas pré dispostas pela história.

Eu, Amélia Sanchez, estou fazendo este relato, da minha tentativa de desenvolver uma coordenada precisa, para enfim fazer a passagem pela fenda que a matéria escura manipulável do nosso laboratório, pareceu-nos possível de controle.

Para manipular tal preciosidade foi disponibilizado um laboratório de pesquisa, em uma redondeza entre a Jordânia e o Mar Morto.
O Estado de Israel, que financia a pesquisa, não nos permite aferir precisamente a localização, posso lhe garantir, é bem frio e profundo onde descrevo a você.

Das várias tentativas para precisar uma passagem coerente. A de ontem demonstrou maior acuracidade. Nossa Equipe precisa de um voluntário para transpor a fenda, e enfim: Matar Adolf Hitler.

Serei eu esta voluntária, não posso ofertar a outra pessoa senão a mim tal incumbência, afinal, pode-se desintegrar, tal qual aconteceu com as cobaias por erros de precisão. 
Preciso confiar na minha pesquisa. Agora estaremos prestes a mudar a história da humanidade.

Dia 354 no alojamento Manasses, hoje é o grande dia, a matéria escura encontra-se instabilizada, podendo finalmente aferir um percurso. Nos dias que antecederam foi possível desenvolver a localização exata para a passagem, acertado também preceitos de espaço e velocidade. A passagem será assistida em secreto por representantes do governo de Israel e Estados Unidos, nosso objetivo de matar Adolf Hitler já estão quase sendo concretizadas!

Já estou pronta, tive aulas de etiqueta e comportamento para saber me portar nesta Época tão inóspita e primitiva. Março de 1888 Braunau Áustria.
Meu macacão ionizado permitirá a passagem no espaço tempo desta bolha gravitacional que acaba de se formar na frente deste bunker subterrâneo. Confesso que apesar de estar preparada psicologicamente para a passagem, sinto um calafrio inexplicável na espinha.

Antes de entrar nesta bolha retiro com cuidado a estrela de Davi que guardo como pingente no pescoço, beijando-o. Sei que como uma cientista renomada deveria ser neutra perante a religião, todavia sinto que preciso fazer justiça ao meu povo, e hoje a história será reescrita pelos dedos de uma mulher.

Mais uma vez, o meu percurso é repassado. Ao fazer a passagem precisarei ser rápida terei somente 6 horas, antes da desintegração total do meu corpo, se eu não retornar a fenda. 
A fenda se Abre, beijo mais uma vez minha estrela, tiro a foto de Klara Hitler, meu alvo. Preciso mata-la no momento do parto.

Olho para trás, todos atrás daquela redoma de vidro, que é blindada da radiação. Minha roupa ionizada, permite-me a permanência. Olho mais uma vez para trás, penso em desistir, meu marido de longe, faz um sinal para eu ir, Sim serei eu a fazer a história ser reescrita.

Coloco a mão, deveria pular, mas não tenho coragem, através das cobaias sei perfeitamente o efeito que estou sentindo. Um formigamento, ficar entre a fenda e a ponto alvo poderá afetar meu corpo progressivamente e de modo irreversível. 
Entendo quer preciso fazer o impulso e se jogar.

Me jogo ao desconhecido. Meus olhos se fecham e já não vejo nada, coloco as mãos na minha estrela, como um amuleto. Tento abrir meus olhos e não consigo o sentimento é de total descontrole, parece que meus órgãos internos querem explodir neste envolto que me parece uma gelatina negra.

Choques, meu Deus a fase dos choques, impulsos elétricos acometem o meu corpo. A roupa ionizada absorve grande parte, todavia, ainda os sinto.
A Luz, meu Deus a luz, preciso fazer um impulso e chegar àquela luz, a passagem se abriu. Não é mito preciso de todos os modos chegar na luz.

Coloco a minha mão e ela transpõe a passagem, sim estou no outro lado do espaço tempo, prestes a fazer a minha missão.
Fecho os olhos estou exausta, tantos treinamentos para suportar a passagem de nada servirão, pois meu corpo doí, preciso descansar.

Abro meus olhos.

Estou em uma casa antiga. Teria acertado as coordenadas? Precisava ter acertado. Que dor de cabeça, e o meu corpo? Parece que colidi com um carro, tudo dói, preciso fechar os olhos e descansar.

Abro novamente, estou em uma cama, parece que as minhas roupas se foram, preciso descobrir onde esta o meu macacão. Meu tempo esta correndo, se quiser que a missão tenha sucesso, não permito-me descansar.
Quem abre a porta?

Ela a mulher alvo com o seu perfeito alemão.
— Schließlich wachte das Mädchen auf!

Era ela Klara, ligeiramente grávida prestes a dar a luz a Adolf Hitler. Precisava levantar da minha cama urgentemente e matá-la.



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