2.10.15

Prisão Capítulo 67


Por Waldryano | Para o blog Waldryano
Libertando-se de uma prisão
Capítulo 67

Quando o meu esposo entregou o telefone, todos os meus temores vieram nas minhas mãos, enrolei-me na toalha e segurei aquele celular, não sei como ela conseguiu o meu telefone, mas estava ali naquele telefone minha mãe. No outro lado da linha estaria o meu passado.
As recordações vieram todas na minha mente, o Nilmar me ajudou vesti um roupão branco, e estava pensando o que dizer ao telefone.
-Alô... –Sim... Casei-me Deus é bom agora sou uma mulher casada.
-Como? Meu Deus preso?
As palavras daquele pastor voltaram a minha mente, estava sentindo cada palavra que ele disse, frescas na minha memória.
"Não há nada oculto que não seja revelado'' eram estas palavras que retornavam fortes com toda a veemência que o pastor a pronunciava no seu Sermão.
Lembrei do modo que o pastor falava: -Quem pratica um pecado e não se arrepende voltará a pratica-lo, é necessário pedir perdão com sinceridade, pois (aí voltava a frase) Não há nada oculto que não seja revelado.
Flash Back
-Pai, vamos assistir a um filme hoje é um dia chuvoso e o Senhor está de folga.
-Sim querida vamos sim. Joguei o colchão e sinto impetuosamente a sua mão passar nas minhas pernas. Olhei para ele e ele fez, um (xiu) com os dedos, tinha somente doze anos. Mas sabia que aquilo não era certo.
-Pai, não quero mais assistir este filme... Saí correndo tranquei-me no quarto. E ele veio em tom ameaçador dizendo:
-Você não vai contar nada para a sua mãe, vai?
Depois de muita insistência ela me convenceu a abrir a porta, ela entrou, eu não deixei que ele entrasse, ela me disse que eu me insinuava ao meu pai, e insinuava-me a outros homens também que era questão de tempo para ocorrer o que ocorreu, aliás ela não acreditou em mim. Disse que estava criando uma situação constrangedora querendo trazer escândalo para dentro da sua casa.
-Eu chorei, sim, pensei que era eu realmente a culpada, liguei para a minha tia escondido, pedi para morar com ela ela aceitou. A situação em casa era terrível minha mãe? Apoiou meu pai, e ele? Me olhava com olhares estranhos, eu vivia um pesadelo, eu não queria mais ficar ali.
-Ameacei minha mãe, disse se ela não deixasse viver com a minha tia, eu iria denuncia-lo na policia.Ela aceitou, disse que era eu a errada, que deveria me comportar com decência, que meus olhares eram vulgares, nunca mais quis olhar para as pessoas no fundos dos olhos.
Esqueci do meu passado, encobri minha beleza, e utilizava um óculos mesmo sem precisar, e falei para mim mesma. –Vou estudar, vou vencer na vida, e nunca mais olharei para trás pois este meu passado me machucou demais. Saí como uma vilã sendo que eu era a vitima.
Flash back
-Perdão? Como posso te perdoar? Espere um pouco...
-Nilmar você poderia preparar um chá para mim, pois eu vou precisar me acalmar esta conversa será tensa...
-Claro amor, aconteça o que houver estou com você sempre, não esqueça disto.
-Você é o amor da minha vida Nilmar, é bom resolver esta lacuna do meu passado e resolverei...
E o Marido de Lara deixou sua esposa ao telefone, com a conversa da sua vida ao telefone...
Nilmar trazia a xícara de chá para sua querida esposa...
-E aí como foi?
-Ele voltou a atacar, ela pediu perdão disse que eu tinha razão que sempre escondera o comportamento do meu pai... Nilmar, sinto me a vontade em falar francamente este assunto contigo, mas ele me machuca muito, obrigado por me amar, e Lara abraçava seu marido.
-Eu te entendo amor, sei o quanto é sofrível ter um pai que quer machucar a gente, e abraçava forte a sua esposa.
-Ela pediu pelo amor de Deus ajuda na defesa, disse que o pai foi pego em flagrante passando a mão em uma prima de nove anos, e que o pai da menina flagrou a cena.
-Que coisa terrível Lara.
-Sim será terrível se ele ficar preso, e chorava Lara, não consigo mais ter ódio dele, faz tanto tempo, isto revelou-se era um pecado terrível encoberto, eu sai como uma bandida da minha própria casa e a minha mãe o apoiou, foi fraca. Mas agora? Ela sabe que eu sou uma ótima advogada, que posso ou defende-lo, ou assessorar sua defesa.
-Nilmar minha mãe esta desesperada.
-Quer saber de uma coisa Lara.
-Fale amor...
-Meu pai não parecia uma boa pessoa, ele fez coisas horrendas, mas eu o perdoei, ele morreu na minha frente, (e chorou Nilmar) mas eu o perdoaria (e abraçou novamente Lara) eu queria ele nem que fosse preso comigo. Não me importaria se ele não gostasse de mim. Não me importaria se ele fosse um bandido, pois eu aprendi a ama-lo.
Lara olhava o Nilmar sentia que ele era frágil sim sentiu isto na lanchonete no encontro que se conheceram isto foi o que fez Lara se apaixonar. Ela? Determinada pulso firme a vida a ensinou ser assim. Mas ele aprendeu a retirar a mágoa do coração e ela aprendia com ele que a mágoa vai envenenando o coração.
-Liberte-se Lara não tenha ódio dele, não estou defendendo o seu ato. Estou dizendo que este ódio e rancor deixarão você cada vez mais quieta calada nos seus pensamentos e isto até te distancia de Deus. Pois Deus é amor.
-Não sei Lara o que você vai fazer nesta situação... Mas sei que Deus colocou esta situação para você resolver... Aquela pregação amor, escutava ela e não entendia, agora estou entendendo.... Parece que era para você...
-Para mim?
-Sim amor, isto parece bem claro, o pecado oculto do seu pai finalmente foi revelado.
Naquela noite Lara não conseguia dormir, Nilmar paciente sabia que a esposa precisava pensar. A noite foi longa para Lara, de todos os modos ela raciocinava: -Defender quem me fez sofrer? Defender alguém que me fez chorar...
Ao amanhecer Lara já tinha uma ideia fixa de defesa, sim iria defender o seu pai....
[continua]
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