2.10.15

Prisão Capítulo 65


Por Waldryano | Para o blog Waldryano

Determinada
Capítulo 65

-Alô, quem fala, vejo que o telefone esta anônimo, quem me ligaria neste momento da minha vida, voltando para casa rejeitada dentro de um táxi?
A pessoa do outro lado demora a responder me deixando mais aflita do que estava, o taxista olha curioso e fingi não escutar, mas fica olhando pelo espelho o que esta acontecendo e quem esta me ligando.
-Você? É Você Nilmar? Como você pode ter deixado eu plantada naquele altar, como você PODE? Não queria casar comigo, você não me ama!
-Espere não aceito explicações, sempre fui paciente sempre te amei independente das circunstancias, do que me falavam, eu sempre te amei, e você me abandonou naquele altar, não quis casar comigo.
-Você tem uma explicação para tudo isto?
-Porque me diga por quê?
-Hã? Delegacia? Ajuda? Agora eu sirvo pra você?
-Seu pai? Só poderia ter o dedo dele...
-Morreu? Como assim?
Neste instante Lara interrompe um pouco a ligação, e conversa com o motorista.
-Você poderia parar o carro um pouco, estou com uma ligação séria, preciso entender melhor.
-Qual é o endereço Nilmar?
Estou indo, já chego aí num instante. Passava o endereço para o motorista, que prontamente mudava a rota. No caminho Lara viu uma loja de sapatos e comprou um sapato mais confortável, arrumou seu rosto, lavando-o estava preparada para o batente, mesmo com uma roupa não adequada. Olhou uma loja à frente e perguntou quanto custava um, sobretudo, a vendedora falou o preço e ela comprou, estava agora Lara pronta para mais um dia de rotina e falou.
Prometi para mim mesma nunca mais entrar numa delegacia, espero que tudo o que ele me disse no telefone seja verdade.
Na delegacia ela entrou direto falar com o delegado que conhecia Lara de outros casos, ele falou sobre o assalto, sobre o assaltante quase ter matado a refém, sobre o tiro e onde encaixava Nilmar naquilo tudo. Lara sorria. E o delegado a questionou:
-Porque o sorriso Lara, esse Nilmar pode estar envolvido com este criminoso, que o chamou as pressas no momento mais tenso do sequestro?
-Você me conhece delegado?
-Sim Lara eu te conheço de outros casos, e sei da sua competência, este rapaz parece ser cumprisse de um assaltante que infelizmente foi abatido por estar ameaçando a vida de uma refém, e esta refém agora mesmo esta passando por uma cesárea de emergência.
-Eu vou casar com este moço, eu o amo e ele é inocente, este pai dele há tempos esta sendo procurado pela justiça, e agora apareceu. Onde esta meu noivo.
O delegado ficou sem ação, o que a moça elegante acabara de dizer, confirmava o que o rapaz detido dissera outrora.
-Pode ir por aqui... E não sabia se mantinha o moço para depoimento ou se liberava-o.
**
Novamente estou em uma delegacia, meu pai, meu Deus , meu pai morto, eu não queria isto pra ele, queria que ele pagasse pelos seus crimes, a morte, meu Deus é muito sofrimento, um tiro, morrendo daquele modo dentro de uma ambulância...
Levanto meus olhos, e vejo vindo em minha direção o meu amor, espero que ela me perdoe e me entenda, foi algo rápido, instintivo, tive que estar naquele lugar, mas justo no momento que iria me casar?
-Meu amor!
Veio Lara com um rosto bravo com fúria nos olhos, e levantou a mão e me deu um tapa.
Senti a dor do tapa e fiquei sem reação.
-Nunca mais me dê um susto deste viu? E me abraçou e me beijou, eu não entendi nada só queria beijar a minha linda mulher.
-Desculpe amor, eu nunca que queria uma situação desta, desculpe, desculpe...
-E o seu pai? Como foi? Já disse Lara mais calma... Você sabia que não encontram nenhuma identificação dele? Nada, falei para eles usarem a sua identidade e me disseram que o nome e a identificação do seu pai não existem em nenhum registro Nilmar, é como se ele nunca existisse, antes de vir ver você aqui, pediram ajuda nisto, mas é como se tudo que fosse sobre seu pai misteriosamente foi apagado...
Olhei para Lara, e pensei: Com certeza ele deve ter feito isto quando se distanciou de mim: Mas ela falou algo que me deixou pensativo na minha identidade, tinha o nome dele, e agora ela dizendo que o nome e o registro dele não existiam em lugar algum? O que ocorrera não poderia interferir na minha identidade, pensava e repensava e veio a minha mente a Frase, a última frase do meu pai antes de morrer. –Vá ao banco.
-Mas não importa muito Nilmar, agora teremos que correr atrás de velório, é complicado Não é? Precisávamos saber o nome...
-Desculpe Nilmar o tapa, sei que você deve estar sofrendo pela morte do seu pai. Mas custava ligar? Custava?
Desculpe amor foi tudo muito rápido nem sei o que estou fazendo aqui, vou ter que ficar preso?
Lara olhava lá na frente e gesticulava sinais com o delegado que demonstrava que o rapaz iria ser solto graças ao depoimento e o prestigio de Lara.
-Nilmar esta meio confuso este caso, mas vão te liberar, pra casar comigo o que acha?
Nilmar olhou sem entender estava confuso, e sem saber o que pensar ou responder...
Amor sinto muito sei que o casamento passou e infelizmente eu acabei com o seu sonho de casar...
-Acabou? Querido aprendi com a vida ser forte e prática, não é um desencontro que vai abalar minhas estruturas...
-Você quer casar comigo? Olhava Lara para Nilmar
-É o que mais quero nesta vida amor.
-Agora?
-Como assim. Pensei tantas emoções a deixou meio tantã das idéias, mas não não me parecia que ela estava brincando ou falando algo irreal parecia sério.
-Olhe Nilmar, já conversei com o delegado ele vai te liberar, amanhã será um dia de muita correria, você terá de oficializar o velório do seu pai, eu sei que estou sendo um pouquinho egoísta com meus sentimentos, mas queria casar estava prontinha pra casar e vou casar.
Eu olhei para a mulher determinada que estava na minha frente... Você e eu já estamos arrumadinhos, uma ligação que eu faça e vem um certo juiz que deve um favor, duas testemunhas bastam, e rapidinho encontro...
-Casamos aqui e agora?
-Fiquei sem chão, como assim? Casar numa delegacia? Mas olhava para os olhos dela, sim casaria com aquela mulher em qualquer lugar, e se tudo levou-nos a este casamento inusitado, da minha boca só poderia sair estas duas palavrinhas.
-Sim, caso!
E foi algo surpreendente, demorou uns quinze minutos estava eu dizendo sim na frente de um juiz de paz, cederam uma sala para o nosso casamento, policiais serventes, e dois presos algemados foram os nossos convidados. O delegado e mais um policial foram os padrinhos e as testemunhas...
-Um policial disse assim baixinho. –Que mulher igual a esta não existe cuide bem dela...
Ele não falou com lascívia coisa do tipo, ele falou da garra dela da sua determinação assim entendi.
No outro dia já estava acordando na cama com a mulher da minha vida. Parecia um sonho regado com um pesadelo, acordado de novo e estava sonhando.
-Amor, perdão por tudo ta, te amo.
-Pare de ser bobo Nilmar entendi perfeitamente, eu que te peço perdão por aquele tapa. Você não sabe por o que eu passei, doeu mais em mim do que em você.
Agora terei de fazer algo triste...
Entendo, levantava-se Lara enrolando-se no lençol estavam oficialmente casados, Lara optou por desligar o seu celular, queria ficar a sós com seu marido, estavam os dois na casa do Nilmar.
-Sou sua esposa agora Nilmar sua companheira, o que quer que seja resolveremos isto junto. E foram os dois ao necrotério, não teve jeito não encontraram identificação e nada que reconhecesse a identidade do pai do Nilmar, precisavam deslocar o corpo rápido ao cemitério, ficando aberto uma investigação para descobrir este impasse.
No outro dia...
-É triste enterrar o pai da gente com o um indigente...
-Mas vocês não tinham parentes? Nada? Perguntava Lara comovida com a situação...
-Não, vivíamos naquela cidade bem sozinhos, meu pai bebia aprontava, até foi preso, neste tempo foi terrível para mim pois tive que morar num internato, mas são águas passadas, meu passado esta aqui na minha frente, falava olhando uma lapide simples. Nilmar custeou todas as despesas quis fazer algo rápido, deixou uma rosa vermelha em cima da lápide.
-É melhor assim, sem velório, sem muitas lembranças, e chorou...
-Ainda bem que agora eu tenho você, meu amor que veio no momento que eu mais precisava.
Lara olhava o seu agora marido sofrendo com um pai, que o fizera sofrer tanto, e logo disse.
-Agora você esta liberto desta prisão. Era inevitável a Lara ao falar do pai do seu esposo, e relembrar de tudo que passara com seu pai, por mais que tentasse esquecer ela não conseguia, seus pensamentos voltas e meia ficavam aprisionados ao passado. 
-Sim Lara, disse Nilmar já saindo daquele cemitério...
-Sabe Lara ele antes de morrer me disse assim: - Vá ao Banco...
Eu pensei muito, sobre isto, e agora estou começando a entender o que ele quis dizer com isto, lá em casa conto pra você é uma história que me envergonha, mas eu não quero ter nenhum segredo com você. Pois te amo e confio todos os meus segredos a você.
[continua]

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