1.10.15

Prisão Capítulo 51


Por Waldryano | Para o blog Waldryano
Olhar para trás [ parte 1 ]
Capítulo 51

Mais uma noite não consegui dormi, os pesadelos são constantes.
-Como pude deixar meu amigo ir preso?
-Como pude fazer tudo o que o meu pai pedia?
Agora estou aqui sentado... O café preto sem açúcar me anima a pensar o que fazer da minha, não consigo continuar com essa culpa que me acusa. E essa foto? Pensava Nilmar.-Lembra-me Robson, meu amigo Robson que deixei ir preso no meu lugar naquela cidade do interior.
-Com licença posso sentar com você?
Que bela moça! Em outros tempos faria de tudo para conquista-la ... Mas porque será que ela quer sentar justamente comigo?
-Claro, se você assim deseja. Falei com ela, estava aparentemente mal humorado fruto de mais uma noite mal dormida.
-Deixe eu me apresentar, ela estendia a mão para que pudesse ser cumprimentada.
-Meu nome é Lara, falava com uma tranquilidade a moça era muito bonita, a beleza dela era constrangedora. Esta moça me analisava e ficou um instante quieta, e eu também. Levantei a xícara de café e perguntei:
-Veio aqui tomar um café com um desconhecido? Perguntei agora eu há observava esperando sua reação:
-Você não é um desconhecido, disse ela. Agora não sabia se ela estava me flertando, a frase ecoou na minha mente como um sino.
-Não sou? E sorri, sabe comecei a gostar daquela moça ela estava me propondo um joguinho? Pois era isto que estava me parecendo. Realmente ela distraia-me dos pensamentos que eram: -Zecão, Robson, meu pai e a minha vida daqui para frente.
-Você me parece um rapaz bom, não consigo observar maldade em você, e veio a garçonete, ela também pedira café, ela me olhava fixamente nos olhos e pareciam observar minha alma.
-Não estou entendendo a sua conversa moça, como é mesmo seu nome?
-Meu nome é Lara, duas silabas,bem fácil de lembrar.
-Sim, Lara.
-Vim conversar com você Nilmar.
Quando ela disse meu nome, assustei-me por completo. Será uma policial? Mas ela não tem fisionomia de policial? Tão jovem e com esta roupa descolada.
-Você é policial? Esta me seguindo?
-Não, não sou. Por quê? Você deve alguma coisa para a policia?
Ela abriu uma bolsa de mão e tirava um cartão de apresentação, bem bonito personalizado com uma foto que nem parecia a mesma moça que estava na minha frente, nele estava escrito: -Advogada.
Tentei manter a calma mas minhas pernas não conseguiam responder ao meu corpo logo ela disse:
-Pare de bater essas pernas Nilmar,não é esse mesmo o seu nome? Eu não mordo, e deste modo dava um sorriso maroto.
E quer saber, temos uma coisa em comum.
-Em comum?
-Sim em comum!
Pensei que por alguma coisa ela estava me testando, não vou abrir a minha boca e me entregar, deixarei ela se revelar, alias estava quase que hipnotizado com aqueles olhos azuis.
E ela continuou a falar:
-Sabe Nilmar, vou te contar um segredo algo que nunca contei a ninguém.
-Um segredo?
E ela contou o seu segredo, confesso que a sua história me comoveu, fiquei sem reação quando escutava aquela bela moça. Nestas alturas pedimos uma água para continuar a conversa.
-Sim moça advogada, realmente isto que aconteceu com você foi terrível.
Eu pensava na minha mente advogada de quem? Haveria sem duvidas três possibilidades:
-Advogada de algum familiar querendo recorrer a herança que ganhei.
-Advogada do banco que de algum modo descobriram que meu pai assaltou o caixa eletrônico.
E a mais improvável:
-Advogada do Robson, era improvável pois agora visualizando-a como advogada,certamente a família do Robson não teria dinheiro para pagar.
-Sabe Nilmar, agora conhecendo esta história que não gosto de contar a ninguém te digo uma coisa.
-Fale...
-Tive duas escolhas na vida, ou me entregar a este trauma que poderia ser a minha ruína, ou vencer.
-Qual você pensa que eu escolhi?
-Certamente você venceu!
Ela olhou no fundo dos meus olhos agora mudara o semblante, parecia que depois da nossa conversa conhecia ela na intimidade, e o tom de voz, o seus movimentos, seu modo de agir mudou por completo.
-Sou advogada do Robson.
Eu esbocei levantar ela segurou as minhas mãos me mantendo sentado naquela mesa de café.
-Fique sentadinho aí Rapaz.
-Seu amigo foi solto, ela falou olhando queria saber a minha reação.
E eu?
Sorri, com um alívio sem entender porque, só sorri, graças a Deus meu amigo estava livre daquela prisão.
E ela me observava.
Somente me observava e continuou.
-Mas infelizmente voltou a ser preso, sabe Nilmar eu sou a advogada do seu amigo ele contou tudo para mim, e voltou a me olhar.
Isto é Tudo?
-Pare de repetir o que eu digo, você sabe bem porque estou aqui.
E voltemos a ficar mudos ela me observava.
-Posso ir embora moça advogada, quer mais alguma coisa?
Retornar a minha rotina?
Lara voltava a me olhar e lançou uma afirmação que fiquei a principio sem entender...
-Sabe Nilmar convivendo com o Robson e com seus amigos comecei a ler a Bíblia.
E comecei pelos evangelhos, li Mateus, Marcos e agora estou em Lucas finalizando.
E?Perguntei sem entender o que ela queria dizer,ou onde aquela conversa iria chegar.
-Sabe Jesus?
-Sim conheço a história de Jesus... Também estava lendo a Bíblia nas noites de insônia que não eram poucas.
Jesus confiava nos seus discípulos, com certeza você já ouviu a história, a famosa historia do discípulo que o traiu.
Ela disse esta palavra, e pequenos filmes começavam a passar na minha mente, o Zecão na minha frente, eu propositalmente mudando a direção da arma, meu pai acusando por telefone o Robson, tudo estava bem nítido neste momento.
E continuava aquela moça:
-Lendo Nilmar eu entendo que Jesus iria sofrer na cruz era inevitável, mas o que eu penso; Jesus não queria de jeito nenhum era que seus amigos o traíssem. Ele Judas, o traidor teve a oportunidade de pedir perdão se redimir mas não o fez.
Eu e você sabemos que o Robson é inocente, não estou querendo dizer nem comparar o seu amigo com Jesus, longe de mim.
Só estou constatando isto de forma bem clara para você, seu amigo Robson esta preso, mas se adaptou e consegue ser feliz, pois é inocente e não existe ira nem ódio no seu coração. Sabia? Até apelidaram ele por lá de pastorzinho.
-E você?
Quem te livrará desta Prisão?
Ela falava, veio lagrimas nos meus olhos, mas segurei firme para não chorar. Levantei ela se levantou também.
-Você esta com o meu cartão: E saiu em retirada até a porta de vidro, estávamos sós o horário? Provavelmente dez e quarenta da manhã as garçonetes estavam lá dentro e a moça do caixa também, deixei os valores embaixo do copo, o meu e o da moça, com uma gorjeta e aquela moça se levantou saiu em retirada abrindo a porta, fui a sua direção segurei nos seus braços e disse: - Espere!
De repente em um impulso ela disse: - Solte-me! E os meus lábios aproximaram bem pertinho dos dela, queria beija-la então disse assim:
-Você pensa que me conhece, sabe o que eu passei? E ela olhou nos meus olhos, neste instante parecia realmente estar gostando de mim, Mas como? Acabamos de nos conhecer. E ela disse:
-Se você entregar-se serei a sua advogada e farei de tudo para o livrar da prisão, olhou de novo ficou uns dois segundo silenciosa e continuou. Em momento algum falou do seu pai.
-Rompi com ele. Soltando o braço dela.
-Entregue se Nilmar e se livre deste sentimento que esta te aprisionando. Errar? Todo mundo erra. Você esta tendo uma segunda chance. O Robson pode até ser condenado.Mas você sabe bem que ele é inocente, você e ele são amigos.
-Entregue-se
-Sabe como me encontrar.
Fechou a porta de vidro e atravessava a rua, eu queria ver seus olhos mais uma vez,senti que quase ia beijar aquela moça advogada e ela entrou dentro de uma loja do outro lado da rua e nenhum momento olhou para trás.
#A parte dois consistira na perspectiva de Lara, onde ela revelará seus segredos, esta imperdível, brigadu a todos que comentam interagem e votam, vocês são o combustível deste humilde escritor que esta amando expor seus pensamentos de modo coletivo aqui. A história tomou vida no entanto está próxima de terminar :(
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