1.10.15

Prisão Capítulo 38


Por Waldryano | Para o blog Waldryano

Um culto para Recordar
Capitulo 38

O policial que cuidava da carceragem chegou à cela do Robson, e disse assim,
- Garoto, estou gostando de você, sempre prestativo sempre silencioso, não arruma encrenca, tá certo que esta aqui só por dois dias, mas sabe que simpatizo com você.
- Obrigado, não sei muito bem o que é ser preso, nunca fui preso antes.
-É garoto, já observei na sua cara, parece diferente, seu linguajar também é diferente.
-Você é crente? Pois não vejo você falar palavrões e não respondeu as provocações, os presos conversavam de outras coisas nas celas ao lado, muitas besteira se ouvia...
-Meus pais sempre foram da igreja, policial, dizia o Robson a aquele policial que lhe interrogavam.
O policial continuou com aquela conversa que parecia interrogatório.
E você?
-Aceitei a Jesus, no domingo antes de ser preso.
-Você sabe que atirar nos outros, não sendo como eu um policial, que deve manter a ordem, e sem um motivo justo é crime. O rapaz que atirou fez algo com você? Mexeu com a tua garota?
-Não quero falar nisto, já estou pagando né? Disse o Robson, ao policial. E o policial replicou dizendo.
-Sim já esta pagando... E abria a cela...
-Quero que me ajude garoto, a organizar, vai ter um culto aqui hoje.
Quando o policial abria a jaula que estava (sim me sentia um canário em uma gaiola, um animal preso, era uma sensação estranha, só quem vive isto sabe explicar) quando ele abrira senti uma sensação de sair correndo daquele lugar pairou por alguns segundos essa sensação e a razão dizia: - Faça o que o policial ordena. Se fugisse certamente levaria um tiro nas costas e acabaria minha história ali, com e estaria fazendo algo errado transgredindo uma lei terrena.
-Um culto? Perguntei não acreditando.
-Sim um culto, há um projeto, e todas as terças feiras vem uma personalidade religiosa, fazer uma reunião das três às quatro horas da tarde no pátio onde os presos tomam seu banho de sol.
-É, perguntei novamente, já fora da cela.
-Você vai me ajudar, se aprontar qualquer coisa, vai pro quartinho.
Nem perguntei o que era o quartinho, mas imaginei ser algum lugar que não se deveria ir.
-Sim te ajudarei no que for necessário, assim o tempo passa mais rápido.
Meu semblante mudara, estava feliz, poderia participar de um culto na prisão.
E fui com o policial, tivemos que arrumar umas cadeiras, empurrar umas mesas, e distribuir umas bíblias nos bancos.
-Você sabia que nas escolas as Bíblias são proibidas de ler e aqui são incentivadas, dizia o policial, ao colocar as Bíblias nos bancos...
Começamos a lavar o chão, saia aos poucos um cheiro de urina que impregnava o salão, e no lugar ficava aquele cheiro forte de essência de eucalipto.
E o policial continuava.
-Um pouco de civilização a esses animais.
E eu com o meu esfregão quieto ajudava e cantarolava um hino na minha mente, feliz da vida, era dia de visitas.
Pronto, pode voltar para sua cela se troque e vai me ajudar hoje. Pois estamos com menos policiais, pois nosso superior colocou os policiais atrás daqueles meliantes que roubaram o caixa eletrônico.
Voltei pra cela, ele a fechou, e fui para o Banho, já era tarde, e pensei: - Vou tomar um banho.
Liguei o chuveiro me acostumara com a água fria caindo no corpo.
-Hoje será um culto que nunca mais me esquecerei...

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