Um fato que impactou o nosso dia a dia foi a morte da Cantora Sertaneja. Marília Mendonça, uma morte do modo trágico como aconteceu, sempre deixa uma marca no nosso imaginário, também pela importância que a cantora se fez através da sua representatividade). A rainha da sofrencia, ou a patroa como era conhecida nos deixou com seus 26 anos de idade.
O Brasil já sofre pela má administração do presidente negacionista, que atrasou de certo modo a vacinação e nisto ficamos no pico da pandemia, vendo morrer "aviões" e estes de "grande porte" quase que diariamente. Ficamos com este saldo de 600 mil mortos, parece que todos ficaram com algum conhecido nesta triste estatística.
Falando de estatística, aqui no Brasil, voltas e meia cai um avião tal como o da cantora. A ideia de precisar estar em vários lugares para representar a sua arte faz os artistas alvos de se expor aos perigos que uma viagem de avião pode oferecer. Agora estamos levantando hipoteses de como foi o acidente.
Foi erro humano? Foi defeito no equipamento? Uma torre de energia com seu para-raios foi disposto neste acidente. Muitas perguntas e com certeza por conta da vítima, A cantora com representatividade em números e visualizações faz o acidente ser esmiuçado até descobrir (se é que será possível) quais foram as causas que levaram ao acidente. Eu discordo que seja um erro humano, tendo em vista, o piloto ser experiente isto é algo que trás um certo funil de pensamento. Ocorreu um imprevisto que o piloto não pode controlar.
Mas agora deixando um pouco o acidente de lado e focando na cantora. Alvo desta crônica.
Uma jovem cantora, que pela fama e sucesso tornou-se conhecida no Brasil. Após a morte dela, assisti, o jornalista Pedro Bial, e também o programa Altas Horas, que ambos reprisaram os ultimos programas que a Marília participou. E também no dia da morte vi os stories no Instagram, ultima aparição dela. Sendo assim meu argumento envolverá as minhas impressões destes momentos.
Ela era uma moça que cantava na igreja, aos seus quatorze anos começou a escutar de modo escondido rock nacional, ( a mãe cristã deu-lhe um mp3 que ela relatou ter pago em 12 vezes de R$12,60). Ela escutava e gravava as canções no aparelho. Logo depois reproduzia, num primeiro momento as letras, Como ela relatou no Bial, fã da cantora Pitty e da Banda Nx zero sendo a primeira canção que ela tocou no violão deles: cartas pra você.
Daí, passou-se o tempo e a menina de 16 anos começa a cantar sertanejo, musica que não era o que escutava. Mas as letras da cantora, junto com um timbre empoderado. O que achei interessante em tudo o que vi dela. Foi o posicionamento quando entrevistada. Sempre de bom humor, e com personalidade forte. As mulheres se viam representadas nelas isto é. Antes existia sim a cantora Roberta Miranda, que considero bastante parecida com ela. Mas a vibração no cantar, que a mim parecia quase que uma confissão de situações pessoais, fez dela um laço inigualável com as mulheres do Brasil. Ela fez uma "nova escola" de cantoras. E transformou um genero musical. Pena que sua morte prematura fez deste gênero. A sofrencia sertaneja, uma real Sofrencia.
Dai digo:
Poxa, um Brasil que já sofre resquicios de uma pandemia, um Brasil com poucos nomes onde se possa espelhar e dizer: Penso igual... Este mesmo Brasil se vê orfão de bons artistas.
A Marília Mendonça me mostrou verdade, estava sim tentando se "enquadrar" nas convenções de "magreza", mas não me pareceu por imposição e sim por querer dizer a si mesmo. Eu posso ser o que eu quiser ser...
Fecho este texto com uma virgula, afinal, Marília Mendonça, me trouxe tantas reflexões, que precisarei retornar aqui e escrever um pouco mais sobre ela. Um abraço.
Deixo um texto no formato poético que escrevi dela no dia da sua morte:
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