11.5.15

Prisão Capítulo 5 Um tiro e nada Mais

Por Waldryano
Para o blog Waldryano

Nilmar, olhou pra mim, senti que uma arma para ele era algo natural, eu não estava habituado, e senti o peso do perigo naquilo. Ele disse me assim:

-É simples... Tá vendo aquela lata.
Nem tinha reparado que tinha uma lata lá longe...

-Vou arrumar ela e você vai dar um tiro nela.

- Um tiro? Indaguei-o, Eu tá é louco?
- Só um tiro ao alvo bebezão, só isso.

Sabe, já estava tenso queria sair daquela situação rápido, e o meu amigo queria que eu desse um tiro. E não queria que ele pensasse que sou um medroso.

Ele estava voltando em uns cinco metros de distancia estava aquela lata, era grande não pensei que seria difícil, o que seria difícil era disfarçar. Comecei a tremer igual a uma vara verde.

E veio o Nilmar.

-Nossa você esta tremendo Robson, é só para você dar um tirinho de nada.
-Só um tiro? (nem sei porque disse isso soou meio bobo)
-É só um tiro, daí ele retirou de dentro do bolso, balas deste revolver.

Sabe a tremedeira foi passando e o Nilmar foi explicando como carregar, eu nem prestei atenção que dar o tal tiro logo, para não mostrar que era covarde, e ir ver a garota que já tinha combinado.

-Vamos logo Nilmar, marquei um encontro, só um tiro né...
-Sim, só um tiro.

Pronto, carreguei ele com uma bala.

A partir daquele momento ele colocou na minha mão me posicionou para o modo de atirar.

-Nossa Nilmar nunca imaginava que você tinha uma arma, onde conseguiu?

-Encontrei naquele terreno baldio próximo da minha casa
-Sei...
-Então... Achei lá, vim aqui e treinei uns tiros gostaria que atirasse também depois vou jogar lá denovo.

-E as balas?
-Meu pai tinha guardado...

-Pronto esta na posição, quando você puxa aqui, esta engatilhado e é só atirar, capriche acertando a lata pois só quero gastar uma bala, vai que alguém escuta...

Estiquei o braço e fiz a posição de tiro, Nilmar disse que aprendeu vendo filmes ...

Ele me disse assim: 

-Olha, depois do tiro vai sentir um baque para traz e a arma aquecerá mire na lata e boa...

Ao mirar senti uma sensação estranha atirei, realmente o baque me fez dar um passo para traz.

- Pronto bebezão, ops... Pronto Robson, o que achou?
Agora sabe a sensação de dar um tiro, agora você sabe o que é ter o dominio da situação.

-Olhe Nilmar, atirei, agora prometa que vai se livrar disso, vai que é de bandido.

-Sim, vou me livrar.
-Bora nóis.
-Bora, foi esse bora meio triste, pois não gosto de ser desafiado, mas se era esse o preço para o Nilmar não me chamar de bebezão,paguei, agora ele não chama mais.

-Robson queria te pedir um favor é simples.
-Fale Nilmar.

-Bom, quando você chegar onde combinou com a  Renata me empresta o carro rapidinho para eu dar uma impressionada para a minha garota,prometo que é rapidinho.

Sabe, pensei bastante em dizer não, mas confesso que fiquei com medo do Nilmar dizer para o meu pai que eu andei atirando, imaginei a cena, e num reflexo disse:

-Seja rápido.

No carro, quando estávamos bem próximo do local que combinei com a Renata, pedi para ele deixar uma esquina antes queria ir caminhando, por conta de um motivo. Na hora pouco antes de dar aquele tiro, tinha mijado nas calças, parece cômico, mas não me contive e não sabia o que fazer, contar ao Nilmar acabaria com a minha reputação...

No encontro estava bem adiantado e tinha combinado com a Renata, numa pracinha. É claro que ia dar o bolo nela, não queria que ela me visse mijado.

Nessas horas o Nilmar já estava virando a esquina tinha combinado se encontrar com ele ali mesmo, ia dar umas voltas para disfarçar e depois daria um toque.

Coloquei a mão no bolso e vi que estava sem o celular...

-Quem é aquela pessoa lá na frente?
-A Renata. E, estava com um garoto.

Fiquei irado, disfarcei e virei e dei a volta, lembrei que a casa da Nelma era alí próximo, pensei.

Vou na casa dela e peço para ela dar um toque no meu celular que deve estar no carro, e o Nilmar atenderá, foi o que fiz. fui a casa dela.


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