Mamãe rato teve uma grande ninhada, porém uns foram pra lá, outros foram pra cá. Jef e Joe ficaram pela fazenda. Viviam de comer os saborosos milhos secos que por vezes caiam no celeiro.
A mamãe falou: — O certo é vocês irem desbravar a fazenda. Ficar aqui entocado não trará para vocês novas aventuras!
— Mas mãe — disse Joe meio medroso. É tão bom aqui neste celeiro temos tudo que precisamos: milho e a companhia dos animais da fazenda!
Certo dia na noite escura, Joe e Jef subiram ao teto do celeiro. Queriam ver a lua e observar o milharal, deste modo, tentar imaginar o mundo além daquele celeiro.
A lua estava magnífica com a sua beleza exemplar. O céu bastante estrelado. E aquele milharal a perder de vista.
— O que será que existe além deste milharal? Disse Jef
— Muitas aventuras, mas é mais seguro ficar aqui.
Era tarde da noite, os dois ratinhos já estavam quase dormindo, admirando a paisagem. Em meio a neblina da noite um deles avistou uma grande claridade que parecia um feixe de luz. Joe viu, porém Jef cochilava.
— Jef, Jef você viu aquela luz?
— Hã? o quê? deixa eu dormir, pois está tarde.
Ao acordarem no outro dia a vida habitual da fazenda continuava. Os ratinhos aqui e ali ficaram um pouco apreensivos, pois a mãe não aparecia, com este sumiço os dois começaram a sentir uma certa estranheza.
— Será que alguma ratoeira pegou a mamãe? — perguntavam entre si.
Foram dias e dias sem a mãe aparecer. A agonia tomava conta daqueles irmãos: "Certamente ela foi desbravar o mundo" — pensou os inseparáveis irmãos.
Joe tinha medo da noite, e Jef sempre preguiçoso.
Era noite da lua cheia e novamente subiram para o teto do celeiro. Agora os dois observaram um pequeno fio de luz que saia no meio das nuvens que se formavam em meio ao milharal.
— Jef você esta vendo aquilo? — Jef levantou as orelhinhas e sentiu um frio na sua pequena espinha, agora até ele sentiu um pouco de medo.
— Vamos lá no milharal saber do que se trata. Joe gritou de medo e disse:
— Deve ser perigoso!
— Que nada disse Jef, será uma grande aventura! E correu pelas trilhas que pensava conhecer, pois queria saber do que se tratava o brilho.
— Eu não vou! disse a Jef.
— Então fique aí neste lugar olhando eu chegar lá.
No alto do celeiro Joe olhava aquele feixe de luz pequeno e ficava pensando que o seu irmão estava se aproximando daquela misteriosa luz. Deu-lhe medo pois o feixe aumentava. Num grito de desespero, Joe ficou estático, quando viu o feixe sumir. Era ele só agora, e não entendia o que estava acontecendo.
Primeiro a sua mãe some, logo após o seu irmão. Sua mãe, ele não sabia pra onde foi. Mas Jef, era certeza que aquela luz tinha alguma coisa haver com o seu sumiço.
Ficou mais uns dias sem sair de dentro do celeiro. Nas noites para o pobre ratinho eram angustiantes pelo fato de passar acordado.
Esperava pacientemente que a mãe e o irmão voltassem. Porém nada acontecia.
A curiosidade era tamanha. — O que acontecia nas madrugadas no meio daquele milharal? De dia entediado e muito preocupado, tomou coragem e foi investigar.
Ao chegar perto do local onde outrora vira aquela luz intrigante, encontrou várias bolinhas feitas na terra, parecia que alguém tinha queimado algo.
Voltou correndo para o celeiro.
A noite era longa e medrosa. Subiu ele de novo ao teto do celeiro. Viu a luz. Ele precisava tomar uma decisão e teve que dispor de coragem e ir de encontro daquele feixe iluminado. E foi. Chegando perto daquele feixe de uma luz branco e azulada.
Quis observar mais de perto. Afinal a única explicação lógica era que Jef tinha sumido por conta daquilo.
Ao aproximar-se, sentiu um vento forte que o puxou para dentro daquele feixe. Seu corpo franzino não tinha força. Foi puxado para aquele desconhecido. Mal sabia ele o que iria encontrar.
Recadinho do Autor:
Este conto faz parte da minha coletânea de contos infantis que se encontra todos aqui no recanto das letras. Leia procurando no meu perfil. Passa lá e leia, deixa um recadinho, que ficarei feliz!
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