2.9.17

San Junipero, Crítica Black Mirror

No blog estes dias escrevi sobre o caso da moça que torna-se moço na novela global atual e nestes dias comecei assistir o Black Mirror uma série no Netflix onde os episódios são isolados, ou seja, cada episódio tem começo meio e fim, como um conto, na literatura. Com aquele ar de distopia, ou seja novamente, fala do futuro ou algo conceitual.Meio que coincidentemente este episódio especificamente pensando no caso de sexualidade abordado pela Globo, é atual. 

San Junepero é um episódio que você assiste e depois de terminar de assistir encaixa tudo e enfim vem o entendimento.


Uma moça retraída chega num bar, isto é no ano de 1980, e encontra uma outra garota, toda moderninha e super descontraída, as duas são lésbicas. Uma assumida outra retraída. Se encontram e acaba tendo a relação, a primeira da retraída e a outra moça diz querer somente se divertir.


E então o elemento narrativo do episódio, demonstra passar uma semana, outra e outra vez, a moça retraída começa a procurar a outra moça no mesmo barzinho, e o tempo vai passando, e as semanas passando como elemento narrativo, e a moça procurando, e não encontra a desinibida.


Enfim se encontram, e a moça retraída conta a sua história, diz ser noiva de um tal Greg, e fala o quanto a família dela não aceita a opção sexual dela. Ambas as moças se encontram neste lugar San Junípero, a moça retraída (lembrei o nome Yorke) conta onde mora e fala para a moça desinibida encontrar no dia do casamento para dar um oi.


Agora num futuro longínquo há uma senhora na cama de um asilo, o enfermeiro dela, Greg, conta haverá a eutanásia da senhora. Conta a triste história. Diz que quando a Yorke tinha 21 anos ela saiu do armário, a família não aceitou. Houve um acidente que a tornou uma pessoa vegetativa. Conta que haverá o casamento da mulher com o Greg pois a família extremamente religiosa não autoriza a eutanásia.


San Junipero é um local fictício mental, ou seja, no pensamento existe esta localidade, onde várias pessoas passam uma vida feliz nesta cidade conceitual fictícia e isto é possível pois e colocado através de um pequeno dispositivo que é colocado na têmpora destas pessoas. Este dispositivo é utilizado em asilos. A moça descontraída é de outro asilo, ela a partir da Yorke contar, descobre o local onde haverá o casamento.


Deste modo, ocorre a eutanásia, onde Yorke morre, e agora viverá eternamente em San Junipero, um local onde guardará a senhora na vida real (vamos pensar sua mente suas lembranças), como um dado deste local fictício, onde como ela existem outras pessoas, moradores de San Junipero. A moça descontraída a principio reluta em ir morar nesta cidade, com o tempo também aceita fazendo a passagem e vivendo, 'feliz para sempre' com Yorke.


Opinião do Blogueiro, quer resenhou esta sinopse acima:


Algo pertinente que conversa com o desconhecido e instigante tema -morte- não a morte no ponto de vista macabro, dos filmes de terror, mas a morte como a naturalidade da vida. Antes de assistir o episódio, por coincidência vi aquele filme (não assisti só vi) Curtindo a vida adoidado, no próprio netflix e logo me remeteu a minha adolescência onde assistia na sessão da tarde. Quem não gostaria de escolher a melhor época da vida e ficar fixado nela revivendo-a como em um filme eterno? A moça foi seus vinte anos. E você leitor qual seria? Brincar com esta possibilidade ocorre as vezes no nosso subconsciente através de sonhos. Isto é real e acontece com todo mundo. E acho que foi esta a grande sacada do roteiro e do encanto do episódio. Não consigo focar no drama, de não aceitar o romance lésbico das duas, pois acho o encantamento do episódio outro que é: -Oferecer uma realidade alternativa, que assusta, mas faz o telespectador pensar sendo este o ponto forte do episódio.


San Junipero
(Temporada 3, ep. 4. Direção: Owen Harris; roteiro: Charlie Brooker)


San Junipero talvez seja o capítulo mais feliz da história de Black Mirror, uma história de amor pura com toques de ficção científica, com a nostalgia e o envelhecimento como alvo. Mas, apesar de ter seus seguidores (sobretudo graças ao carismático casal formado por Mackenzie Davis e Gugu Mbatha-Raw), é um pouco insossa para poder ser considerada um episódio incrível da série. Talvez nosso coração é que simplesmente esteja congelado.


O que o Wikipédia diz do Episódio:


"San Junipero" é o quarto episódio da terceira temporada da série de ficção científica britânica Black Mirror. Estrelado por Mackenzie Davis e Gugu Mbatha-Raw, o episódio foi escrito pelo criador da série e showrunner Charlie Brooker com a direção de Owen Harris. A estreia aconteceu pela Netflix em 21 de outubro de 2016, juntamente com os demais episódios da terceira temporada.[1]

O episódio recebeu elogios pela crítica, com muitos considerando-o como o melhor episódio da terceira temporada; Ele também foi elogiado por ser mais alegre e positivo em comparação a outros episódios de Black Mirror.

Enredo:


O episódio se passa no que a primeira vista parece ser uma vila na Califórnia, San Junipero, no ano de 1987. Uma reservada jovem tímida, Yorkie (Mackenzie Davis), está visitando San Junipero pela primeira vez, ela entra desajeitadamente em um bar local chamado Tucker's. De repente, Kelly (Gugu Mbatha-Raw), uma animada menina festeira, senta ao lado de Yorkie, fingindo que as duas são amigas para tentar despistar Wes, um homem que Kelly namorou uma vez. Kelly faz com que Wes saia dizendo que precisa passar um tempo de qualidade com Yorkie, que só tem cinco meses para viver. Kelly e Yorkie então se conhecem de verdade. Sua tensão sexual sobe até Kelly convidar Yorkie para dançar e Yorkie aceita, mas, cada vez mais envergonhada, corre para fora do bar. Quando Kelly vem atrás dela e se oferece para fazer sexo com ela, Yorkie diz a Kelly que ela está noiva de um homem chamado Greg. Isso não impede os avanços de Kelly, mas Yorkie, embora claramente interessada, finalmente se afasta.


Na semana seguinte, Yorkie tenta uma série de estereótipos extravagantes nos estilos dos anos 80 antes de desistir e retornar ao bar. Ela novamente encontra Kelly, que está flertando com um novo homem até que ela e Yorkie se encontram no banheiro. Yorkie agora diz a Kelly que ela está pronta, e elas se beijam e vão para o bangalô de Kelly para fazer sexo. Yorkie revela que é a primeira vez que ela teve relações sexuais com qualquer pessoa, homem ou mulher, e Kelly revela que ela já foi casada com um homem por um longo tempo e é bissexual. A cena termina quando o relógio bate na meia-noite.


Na semana seguinte, Yorkie procura, mas não consegue encontrar, Kelly. Localizando Wes, Yorkie pergunta a ele onde Kelly está, mas seu único conselho é "tentar achá-la em um momento diferente" e que ele "a viu nos anos 80, 90 e em 2002 uma vez". Yorkie passa as semanas seguintes naqueles tempos, procurando por Kelly. Ela finalmente a encontra em 2002, em um clube jogando Dance Dance Revolution. Kelly a afasta, e Yorkie, que está ferida, diz a ela para sair fora. Uma frustrada Kelly soca um espelho, e o vidro quebrado imediatamente se repara. Sentindo-se mau, Kelly encontra Yorkie e confessa que, na realidade, ela está morrendo e tinha pretendido somente ter um divertimento sem fazer uma conexão genuína com qualquer um em San Junipero. As duas dormem juntas novamente, e Kelly diz a Yorkie que ela quer conhecê-la na vida real. Yorkie hesita, mas com a insistência de Kelly diz para ela a sua localização.


No mundo real na atual década de 2040, as consciências dos mortos ou moribundos podem ser carregadas em um sistema de realidade simulada, onde eles podem viver na cidade de fantasia de San Junipero como seus outros "eu" mais jovens para sempre. As pessoas vivas podem visitar San Junipero para períodos de teste, mas são limitadas a ficar cinco horas por semana. Uma idosa Kelly (Denise Burse) vive em uma instalação de vida assistida, morrendo de câncer. Ela vai visitar a Yorkie do mundo real, que é uma mulher completamente paralisada sobrevivendo apenas por um suporte vitalício. Yorkie ficou paralisada mais de 40 anos antes, quando seus pais a rejeitaram por ser lésbica e, consequentemente, ela bateu com seu carro que foi para fora da estrada.


Com a recente tecnologia de San Junipero, Yorkie tem tido a chance de viver uma vida plena novamente; Seu plano é ter uma eutanásia e passar sua vida após a morte dentro do sistema de realidade virtual: um processo tecnológico chamado "passagem". Como sua família tem objeções religiosas à assinatura dos papéis permitindo que ela seja desconectada do suporte vital, ela planeja casar legalmente com Greg, seu enfermeiro, para que ele possa substituir oficialmente sua autoridade. Ao saber disto, Kelly espontaneamente pede uma visita de alguns minutos com Yorkie em San Junipero, onde ela propõe se casar no lugar de Greg, e Yorkie aceita com entusiasmo. Elas se casam, e Kelly então autoriza a eutanásia de Yorkie, que ocorre algumas horas após o casamento.


Yorkie fica bastante feliz pela sua "passagem" definitiva para San Junipero, mas está frustrada que Kelly só é capaz de se juntar-se a ela por cinco horas por semana. Ela pede a Kelly para se juntar a ela em tempo integral na vida após a morte, mas Kelly rejeita isso. O plano de Kelly é morrer sem ser carregada para o sistema de San Junipero, como seu amado marido escolheu fazer depois de 49 anos de casamento, arruinado pela morte prematura de sua filha adulta. Kelly deseja assim honrar os sentimentos do seu marido e morrer naturalmente como ele. Dentro de San Junipero, ela e Yorkie discutem sobre isso até Kelly ir embora e deliberadamente bater seu jipe, atirando-a para fora veículo. Yorkie chega no local, mas o tempo semanal de Kelly se esgota no mesmo instante e seu corpo mais jovem virtual desaparece.

O tempo passa e a condição real de Kelly piora. Finalmente, ela muda de opinião e opta por viver na vida após a morte em San Junipero, onde ela e Yorkie podem permanecer juntas e viver felizes, para sempre. Seu corpo real é enterrado com o do marido e da filha. Em uma cena no meio dos créditos, uma corporação conhecida como TCKR Systems opera uma enorme sala de servidores, onde os robôs mantêm as consciências daqueles que agora vivem permanentemente em San Junipero.




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